Economia Social

A Economia Social refere-se a um conjunto de atividades económicas e desempenha um papel crucial no mundo atual, especialmente para os jovens através de oportunidades de emprego e empreendedorismo em áreas como cooperativas, organizações sem fins lucrativos, empresas sociais e outras formas de negócios que procuram mais que o lucro financeiro, o que ajuda a promover a inclusão social e a participação ativa dos jovens na economia e na sociedade. Contribui para a promoção de valores de solidariedade, justiça e democracia, além de fortalecer a coesão social e a participação do cidadão que pode ajudar a construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam ter a oportunidade de participar plenamente da economia e da vida social. Permite a redução da desigualdade social e económica e a promoção de um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo com a criação de empregos dignos, do acesso a serviços essenciais e promoção da participação ativa das pessoas nas decisões que afetam as suas vidas. As práticas económicas mais sustentáveis, incluindo a utilização de recursos de forma mais eficiente e a redução do desperdício, promovem a proteção ambiental através do desenvolvimento de negócios que procuram soluções inovadoras para desafios ambientais e Economia Social.
Para que tudo isto aconteça dentro da Economia Social, é essencial o financiamento da parte do Governo, através da criação de fundos sociais específicos e subsídios, dando o apoio financeiro a organizações que trabalham no setor e oferecer incentivos fiscais para empresas que investem na Economia Social através de isenções fiscais ou créditos fiscais. Podem-se, também, estabelecer parcerias com empresas privadas para investir através do financiamento de projetos, fornecimento de infraestruturas e apoio técnico. Também as organizações da Economia Social podem obter financiamento coletivo para os seus projetos e iniciativas através da angariação de financiamento de uma vasta rede de indivíduos particulares ou coletivos e receber formação para melhorar as suas competências de gestão e ter a capacidade de estabelecer parcerias com o setor público e privado, para garantir um financiamento adequado e sustentável para a Economia Social prosperar.
Surge então, a Economia Social Criativa, uma abordagem inovadora que combina os princípios da Economia Social, que procura o bem comum e a justiça social, com a criatividade e a inovação que procura o desenvolvimento económico através da valorização das capacidades criativas e culturais das pessoas e comunidades, promovendo a integração de vários setores como a cultura, o turismo, a tecnologia, a educação, o meio ambiente, entre outros, criando oportunidades para a colaboração entre diferentes atores sociais, como artistas, empreendedores, organizações da sociedade civil, governos e empresas. Essa integração pode gerar sinergias e inovação, impulsionando o desenvolvimento económico e social ao estimular o desenvolvimento de comunidades locais, especialmente as com riqueza cultural e criativa, ao promover a produção e comercialização de bens e serviços criativos, como artesanato, design, música, gastronomia, turismo cultural, entre outros. Isso pode impulsionar a economia local, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A Economia Social Criativa pode ser uma forma de promover a inclusão social, ao criar oportunidades económicas para grupos socialmente vulneráveis, como artistas, artesãos, produtores culturais e outros profissionais criativos e pode contribuir para a valorização das identidades culturais, a preservação do património cultural e a promoção da equidade e diversidade na produção e consumo de bens e serviços criativos.
A Economia Criativa incentiva a procura de novas abordagens, métodos e tecnologias que possam trazer soluções inovadoras para desafios sociais, o que pode envolver, também, o uso de tecnologias digitais, a aplicação de práticas sustentáveis, a aplicação de novos modelos de negócios ou a adaptação de ideias de outros setores para fins sociais. Esta pode ser uma abordagem sustentável, promovendo práticas de produção e consumo responsáveis, o uso de materiais e recursos locais, a valorização do conhecimento tradicional e o respeito pelo meio ambiente, contribuindo para a promoção da sustentabilidade económica, social e ambiental, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.